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Brasil está na terceira posição em número de edificações verdes

  • Writer: Juliana Cini
    Juliana Cini
  • Jan 6, 2016
  • 3 min read

O país conta com mais de mil construções sustentáveis com certificação LEED, que determina o nível de qualidade ambiental em um prédio. Cerca de 54% dos empreendimentos estão no Estado de São Paulo.

Segundo dados da ONG GreenBuilding Brasil, expostos na conferência internacional realizada em 2014, o Brasil está em terceiro lugar na posição por conter construções documentadas dentro do certificado LEED, e fica somente atrás dos Estados Unidos e da China. Atualmente, o país conta com mais de 1.000 empreendimentos com a certificação.

Os chamados ''prédios verdes'' são construções ecologicamente corretas, que não são propícios de ocasionar o desperdicio e acarretam pouco impacto ambiental. ‘’É um sistema construtivo que promove alterações conscientes, de forma a atender as necessidades da edificação, preserva o meio ambiente e os recursos naturais e garante qualidade de vida para as gerações futuras’’, afirma o ambientalista Pablo de Lapuento

O Estado de São Paulo é considerado o mais sustentável do país por conter empreendimentos apresentam altos índices de preservações ambientais avaliados por meio de certificados. Só no Estado, há cerca de 54% de construções que possuem o certificado LEED; em segundo lugar está o Estado do Rio de Janeiro, com 18%; seguido do Estado do Paraná, com 7%.

Segundo Lapuento, as construção sustentáveis trazem benefícios na parte ambiental por eliminar ou reduzir os desperdícios de energia e água, e na econômica, por ser possível economizar quase 50% em relação às construções convencionais, embora o custo de um imóvel sustentável seja maior.

A espécie do empreendimento está em ascensão e o mercado imobiliário absorve a proposta da construção verde. ‘‘Hoje, uma obra sustentável está muito bem avaliada nos setores de venda de imóveis’’, diz a arquiteta, Carolina Fúrio.

Diversos aspectos regem uma construção sustentável. Segundo Carolina, o empreendimento deve ser bem planejado desde o seu projeto. ‘‘Deve-se tomar certo cuidado para que a topografia natural seja mantida, sejam utilizados materiais que não prejudiquem o meio ambiente, e seja criado um sistema de reaproveitamento – desde o canteiro de obras até a utilização do imóvel – de água, energia e iluminação’’.

A cidade de São Paulo possui um grande número de edifícios considerados sustentáveis com a presença do selo LEED. Entre eles estão: o JK 1455, na Avenida Juscelino Kubitchek, conta com várias maneiras para a redução de energia elétrica e melhor utilização da água e efeito na limpeza. O Eldorado Business Tower, na Avenida Nações Unidas, possui bicicletario, centro de convenções e heliponto, sistema que economiza cerca de 30% de água e elevadores que possuem sistema de frenagem regenerativa – que economizam cerca de 37% em relação aos elevadores convencionais. O Avino Slaviero, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, oferece um sistema de carregamento para carros elétricos, estacionamento para bicicletas e telhados ecológicos com árvores da mata atlântica que diminuem a temperatura de seu interior – uma opção à energia do ar condicionado; há a reutilização da água de condensação e da água que sai das torneiras, diminuindo o desperdicio, aumentando a efecácia do consumo de recursos no prédio.

Certificados de Qualificação Sustentável

Há “graus” de sustentabilidade que classificam os empreendimentos. De acordo com critérios de estrutura física e atribuições, os edifícios podem receber títulos, que são os certificados de qualificação ambiental, reconhecidos nacional e internacionalmente.

“Em prédios comerciais, os construtores e os arquitetos querem que isso seja certificado. Aqui no Brasil, está sendo muito utilizado o certificado LEED também, criado nos Estados Unidos, no qual as pessoas classificam o empreendimento quanto sua sustentabilidade; ele se aplica em graus. Os graus variam de acordo com os itens que o edifício se compõe’’, diz Gilda Collet Bruna, professora de arquitetura.

Há diversos certificados que podem classificar o empreendimento, entre eles o AQUA, criado em 2007, adaptado da metodologia francesa e desenvolvido pela Fundação Vanzolini; a Casa Azul, da Caixa Econômica, de 2008; o Procel Edifica, de 2013; o Qualiverde, de 2012; o DGNB, de origem alemã; e o Breeam, do Reino Unido, de 1990. A avaliação, de modo geral, é baseada na gestão da água, na eficiência energética, no projeto e conforto, na conservação de recursos matérias e nas práticas sociais


 
 
 

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